Onze semanas na terra do Robin Hood

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Outro post com fotografias de veados.

A última semana de trabalho custou a passar. Com a história da alergia senti que chegou segunda-feira e estava mais cansada do que na sexta anterior. Ainda por cima a máquina de café esteve avariada a semana inteira e só a foram arranjar na sexta-feira. Custou-me a acordar todos os dias e no trabalho só me apetecia pôr a cabeça na mesa e dormir uma sesta. A Caroline já me tinha dito que estava à vontade para fazer umas power naps nos dias em que tenho de ler artigos das 9 às 5 - ela própria volta e meia desaparece para fazer uma sesta - mas não me sinto confortável em fazer sestas no trabalho!
Além disso, choveu todos os dias da semana passada. Resumindo, não fiz grande coisa fora do trabalho durante a semana.

Passei a semana inteira a ler artigos e a começar a escrever o artigo do estudo do meu projecto. A Caroline disse-me um dia casualmente: "Enquanto esperamos a resposta da comissão de ética começa a escrever a introdução e o método para o paper para o Journal of Environmental Psychology". Fiz a maior poker face que consegui, como se escrevesse artigos para o Journal of Environmental Psychology todos os dias ao pequeno-almoço. Era genial conseguirmos publicar e o meu nome até podia vir em quarto lugar que eu já me dava por mais do que satisfeita! Confesso que senti a pressão, de me ser dada a responsabilidade de escrever pelo menos o esboço do artigo. Andei ali dois dias com um bloqueio enorme, sem conseguir escrever mais do que uma página. A revisão de literatura não é muito fácil, especialmente porque é muito inconsistente. Veremos como corre!

Entretanto na sexta-feira entreguei o meu primeiro payroll! Devo receber o meu primeiro ordenado até dia 14, segundo percebi. Dia de São Receber!

Segunda-feira chegou uma das colegas de casa que ainda não tinha conhecido. A Chloe entretanto já se mudou para outro apartamento. A rapariga que está cá desde segunda chama-se Preeti e é inglesa. Esteve de férias e voltou agora porque tem exames de época especial para fazer. Quase nunca nos vemos porque quando eu saio para ir trabalhar ela ainda está a dormir e quando chego ela não está cá. Pelo pouco que já falei com ela é muito simpática e deixa-me mais à vontade do que a Chloe. 

Quando chegou sexta-feira, fui ao Lidl comprar comida para o fim-de-semana e estava na fila um americano completamente atrapalhado com as notas e moedas e a lógica de termos que pôr os sacos plásticos que queremos pagar em cima do tapete rolante. Ajudei-o e ele apresentou-se a dizer que não percebia nada de nada porque tinha chegado dos EUA há dois dias. Disse-lhe que também não era de cá e não tinha chegado há muito tempo. Ficámos a falar um bocado porque ele tem um amigo português que estudo com ele nos EUA. Ao fim de uns bons minutos de conversa à porta do Lidl combinámos ir até ao centro da cidade para eu lhe explicar que autocarros é que ele podia apanhar, onde é que podia comprar um telemóvel e essas coisas todas que eu tive que perceber sozinha nos primeiros dias. 

O americano chama-se Ross e está vai cá estar 4 meses a ajudar na investigação no departamento de Engenharia Civil, no campus principal. Está agora a acabar o mestrado em Transportes na América e o orientador dele arranjou-lhe a oportunidade para vir para Nottingham recolher dados para a tese e ajudar noutros estudos. Demo-nos logo muito bem e deixou-me bastante feliz encontrar alguém na mesma situação que eu e com quem falei de coisas que não fossem sobre trabalho e investigação. Apesar de já ter conhecido muita gente desde que cá estou, praticamente toda a gente que conheço (incluindo quase todos os estagiários) já viviam/estudavam em Nottingham ou pelo menos noutra cidade do Reino Unido. Ainda não tinha falado com ninguém que tivesse caído de pára-quedas aqui como eu, sem conhecer ninguém.

No dia a seguir o Ross perguntou-me se queria ir ser turista e ir ao castelo e ao parque dos veados. Como já tinha ido ao castelo e não fiquei nada impressionada com o que vi combinei ir só ao parque dos veados...porque é um parque com veados. Por sorte o céu abriu a meio da tarde! Soube mesmo muito bem porque até agora sempre que passeei em Nottingham fi-lo sozinha, sem ser quando o João aqui esteve. Não tenho grandes problemas com isso. Aliás, na maior parte das vezes até gosto muito mais de passear sozinha mas às vezes também faz falta companhia! Desta vez fui melhor preparada e levei a máquina fotográfica! 

O Ross também tinha por acaso uns frutos secos na mochila e conseguimos dar comida aos esquilos! São bastante mais desconfiados que os esquilos em Londres e foi preciso alguma paciência para acabámos por conseguir que viessem comer à nossa mão. Não consegui foi uma única fotografia decente dos esquilos! Quero lá voltar com mais frutos secos e mais paciência e tentar de novo. Também conseguimos dar uma maçã aos veados! Que é como quem diz, atirámos uma maçã e um veado apanhou.

E como são as únicas fotos que tenho, tomem lá mais fotos de veados...desta vez com zoom!



Andava uma pega a saltitar de veado em veado a catar os parasitas!

As hastes de alguns veados - os maiores - já começaram a "descascar"



Avistámos uns "bambis" ao longe mas estavam protegidos por uma cerca e não podíamos avançar. Esta foi a melhor foto que consegui à distância




Está desfocada mas consegui apanhar o exacto segundo em que o esquilo apanhou a avelã!

A única foto semi-focada que consegui dos esquilos.
(Eu até dizia que este era o último post com fotografias de veados mas considerando que o Wollaton Hall e Deer Park é oficialmente o meu sítio preferido em Nottingham é melhor não mentir.)

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